terça-feira, 1 de junho de 2010


Muitas coisas mudaram.
Nada mudou.
O meu eu atual,assim como o eu de tempos atrás,esquiva-se de comparações e brada a todos os presentes,mesmo sem o uso de palavras,que evoluiu,que cresceu,que amadureceu.Uma meia-dúzia de alterações superficiais e essa fina e delicada carcaça de adulto que me reveste não são o bastante para que eu me prive de ser quem eu realmente sou.
Eu sou aquele por detrás da carcaça.É fina,é leve,mas é pesada o suficiente para que às vezes eu me veja na obrigação de deixá-la de lado para respirar um pouco de ar puro.E há 8, 9, 15 anos atrás,tudo era exatamente igual.
Mudou apenas o cenário,a circunstância e a intensidade com que eu sinto isso,hoje sou capaz de sentir mais,e não sei até que ponto isso pode ser bom,ou até mesmo,saudável,eu pensava sobre as mesmas coisas,da mesma forma,com o mesmo negativismo perene que sempre andou de mãos dadas com minha alegria exfusiante que distrai a maioria.
Tudo mudou sem nada mudar.Muito mudei sem nada mudar.E isso nunca foi tão óbvio como agora.

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